top of page

Entrevista de Hozier para a Billboard Argentina

19 de maio de 2025

Por Julián Mastrángelo

Hozier no Lollapalooza Argentina em 2024. Foto por: nicopapa.photo
Hozier no Lollapalooza Argentina em 2024. Foto por: nicopapa.photo

No dia 17 de março de 2024, Hozier se apresentou pela primeira vez na Argentina como parte do Lollapalooza Argentina. Poucos meses depois, anunciou que retornaria ao país com um show solo para encantar as mais de 15.000 pessoas que o Movistar Arena de Buenos Aires pode receber. Esse show será a ocasião perfeita para apresentar todo o material de seus lançamentos mais recentes, Unreal Unearth e o EP Unheard, além, é claro, de revisitar alguns dos grandes sucessos de sua carreira.


No final de 2024, o artista irlandês lançou Unreal Unearth: Unending, uma edição deluxe de seu último trabalho que inclui as 16 faixas do álbum original, sete músicas que haviam sido lançadas em diferentes EPs e um single inédito, “Hymn to Virgil”. “Será um show longo, onde vamos tentar garantir que ninguém saia sem ouvir sua música favorita”, compartilhou Hozier em entrevista à Billboard Argentina.


O show acontecerá no dia 27 de maio, e tivemos a oportunidade de conversar com o protagonista para saber mais sobre os preparativos e como está sua relação com a Argentina atualmente.


Lembro que nos conhecemos no dia do seu aniversário no Lollapalooza Argentina no ano passado. Como você lembra desse momento?

É verdade, foi um grande momento, lembro com muito carinho. Foi minha primeira vez na Argentina. Lembro do clima agradável, da área de imprensa onde nos cruzamos, e principalmente da ótima comida que tivemos no jantar.


Agora você finalmente tem a oportunidade de reencontrar o público e a gastronomia argentina.

Com certeza, estou muito animado. Já estamos planejando como vamos organizar o tempo para poder aproveitar um bom prato de carne argentina e reencontrar o público.


O que significa para você poder voltar ao nosso país e iniciar uma turnê pela América Latina?

É algo “estranho” para mim, por isso tem um significado muito especial. É minha segunda vez na Argentina, então ainda é uma experiência incomum. Espero ter tempo para explorar a cidade e aproveitar sua beleza. Além disso, cantar essas músicas para o público argentino no meu primeiro show solo por aqui... Mal posso esperar, estou muito animado.


Você precisa preparar um setlist completamente diferente, certo?

Com certeza. Estamos trabalhando nisso agora mesmo, porque no ano passado foi um festival, o show durou cerca de uma hora, e agora será o dobro. A ideia do setlist é revisitar o melhor dos três álbuns, então espero que o público goste bastante.


Este ano marca os 10 anos de Hozier e você lançou um vinil especial. Você sente que o público reconhece e agradece por você continuar trabalhando nos álbuns anteriores?

Sim, com certeza. Percebo que o público começou a me conhecer e curtir minha música a partir daquele álbum, então ele é muito especial para nós. Além disso, há muita gente que me acompanha desde então e cresceu comigo — talvez tinham 15 anos quando Hozier foi lançado e agora têm 25, mas continuam ao meu lado. Eu valorizo muito esse carinho e apoio, e por isso também relançamos esse vinil especial, como uma forma de agradecimento.


Agora você apresentará seu novo álbum. Tem alguma música que o público argentino pede?

Não tenho certeza. Minha ideia é cantar o máximo possível para que ninguém fique sem ouvir o que queria. Sempre há aquelas músicas favoritas do público, e é aí que precisamos trabalhar para que o show tenha coerência, e não pareça desconectado. Há um tempo vi nas redes sociais um pedido pela música “Abstract”, então ela com certeza vai entrar na setlist.


Aqui na Argentina, voltou a viralizar o famoso “grito do Hozier” de “Northern Attitude”.

Essa é uma música que sempre está presente de alguma forma, mesmo que não tenha feito parte do lançamento, porque é algo que o público gosta muito e é super divertido de fazer ao vivo.


Quão difícil é para você continuar trabalhando em letras tão significativas como “Francesca”?

Neste álbum, algumas músicas tiveram letras bem desafiadoras — foram quase como um quebra-cabeça para mim. Eu quis contar duas histórias em uma mesma música, a partir de várias perspectivas, como acontece em “Unknown” e “Francesca”. Quando a pessoa entende a mensagem, pode se identificar completamente a partir da sua própria visão. De certa forma, são duas histórias — uma acima do nível da realidade e outra abaixo — que fluem em paralelo. Isso é o incrível da mitologia e de como Dante retratou o mundo. É uma loucura como ainda conseguimos nos expressar e compreender textos de centenas ou milhares de anos atrás, como A Odisseia ou A Divina Comédia...




Commenti


bottom of page